Categoria: Artigos
Data: 13/04/2025
“E, voltando-se para a mulher, disse a Simão: Vês esta mulher?” (Lucas 7.44)

A mulher pecadora foi perdoada pelo Senhor Jesus (Lc 7.48), a graça a alcançou. Tudo começou com um gesto genuíno de adoração (Lc 7.38) que fora censurado por um fariseu chamado Simão. A este, o Mestre fez uma pergunta necessária ao acolher a adoração sincera: “Vês esta mulher?”

Jesus não está arguindo acerca da acuidade visual do fariseu. Não se trata do discernimento de formas, cores e contrastes, mas sim da necessidade de ver o ser humano com tal. Vivemos numa sociedade de visão embaçada. Inventamos telescópios capazes de enxergar outros astros da amplidão, mas não conseguimos enxergar o vizinho. Criamos microscópios capazes de avaliar o interior de uma célula para exame laboratorial e, por vezes, não conseguimos enxergar nosso irmão.

Em 2 Reis 6.17, Eliseu orou: “Senhor peço-te que lhe abras os olhos para que veja”. Existe o que vemos com os olhos naturais, e o que vemos com os olhos da fé. A espiritualidade cristã desenvolve em nós a aptidão de enxergar as pessoas não apenas pelo que são, mas pelo que podem ser. Aprendemos com a mulher que só podemos ver quem amamos. O fariseu não conseguia ver. Adoradores conseguem ver além. Adoração pressupõe visão espiritual. Aliás, “aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê” (1Jo 4.20).

Tags: cada dia

Autor: Raphael Abdalla   |   Visualizações: 593 pessoas
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